Manejo de gado de corte: 5 princípios que todo produtor deveria considerar

15 de Janeiro de 2020

O manejo exerce um papel fundamental nos resultados que os produtores obtêm com o gado de corte. Quando bem aplicado, possibilita o alcance dos objetivos de crescimento e engorda dos animais e até reduz custos operacionais.

Sobre isso vamos conversar ao longo deste artigo. Aqui você vai entender o conceito de manejo racional e produtivo e ter algumas dicas para realizá-los da melhor forma possível. Continue lendo para entender!

 

O que é manejo
Para começar, é interessante entender o que é manejo. Este é um conceito que abrange as maneiras como os produtores lidam com os animais, pensando em bem-estar e no que foi planejado como resultado, além de fatores como a segurança de trabalho para os profissionais envolvidos no processo.

O manejo é um trabalho do dia a dia da fazenda. Começa no nascimento dos bezerros, passa pelos cuidados na condução dos animais e deve ser aplicado de forma estratégica até em atividades pontuais como vacinação, identificação e, principalmente, no curral.

Quando o manejo é aplicado de forma metodológica, ou seja, seguindo boas práticas e não meramente intuitivo, até a relação dos profissionais com os animais melhora (comportamento e temperamento ficam mais amigáveis).

4 dicas para melhorar o manejo de gado de corte
Dito isso, compilamos a seguir alguns princípios básicos para que os esforços de manejo surtam os efeitos esperados:

1. Implemente ações de bem-estar animal
Nos últimos anos o mercado, tanto nacional quanto internacional, tem priorizado sistemas de produção que contemplem a questão do bem-estar animal. E, os produtores já perceberam que isso tem uma relação íntima com a saúde e o desempenho produtivo dos animais.

Basicamente, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomenda cinco princípios que devem ser atendidos para que um produtor possa afirmar que faz um bom trabalho em relação ao bem-estar animal:

Evitar fome, sede e desnutrição;
Evitar medo e angústia;
Evitar desconforto físico e térmico;
Evitar dor, injúrias e doenças;
Criar condições que permitam as expressões normais de comportamento.


2. Adeque fisicamente a fazenda
Garantir boas condições de estábulos, currais e demais dependências da fazenda é fundamental para que o manejo seja realizado da melhor forma possível.

Os animais precisam, por exemplo, de áreas de sombra para determinadas horas do dia. Já os profissionais devem ter ao seu alcance os insumos e as ferramentas necessárias para realizar o manejo.

3. Instrua e treine sua equipe
Seja qual for a etapa do manejo (engorda, condução entre pastagens, cuidados veterinários, transporte etc.), é fundamental que os profissionais sejam treinados.

Além de elevar a produtividade das pessoas, o treinamento em boas práticas de manejo pode ajudar a reduzir acidentes de trabalho, processos trabalhistas, multas e danos à reputação da fazenda, por exemplo.

4. Utilize insumos alimentares com garantia máxima de qualidade
Ao trabalhar com rações e suplementos da mais alta qualidade, é possível, por exemplo, resumir diversos nutrientes em um único produto. Isso facilita para que os profissionais não tenham que ministrar diferentes dietas ao longo do dia, reduz os custos e facilita na hora de analisar se os resultados esperados estão sendo obtidos.

Dê preferência para produtos que sejam livres de resíduos químicos (agroquímicos e produtos veterinários), biológicos (organismos patogênicos) e qualquer outra substância que comprometa a saúde dos animais e os resultados.

5. Organize a logística para transporte dos animais
Depois de todo o esforço para engorda do gado, é importante fazer com que o transporte de uma localidade para a outra seja bem realizado.

Ao transportar para os matadouros, por exemplo, é importante se certificar de que o horário seja o mais fresco do dia, respeitando a lotação máxima recomendada de acordo com a categoria animal.

Contratar uma transportadora especializada e com boa reputação no mercado é uma das maneiras de garantir que o trajeto será realizado com máximo cuidado, com as paradas regulares recomendadas, entre outros aspectos.

Isso tudo evita o estresse do animal que, como sabemos, pode influenciar até no sabor da carne, além de dificultar o abate.

 

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